'Pretty Little Liars: Original Sin' Começou de Forma Surpreendente | Crítica Eps. 1, 2 e 3

 

Pretty Little Liars Original Sin começou melhor do que eu esperava.

Pretty Little Liars Original Sin me surpreendeu bastante nesses 3 primeiros episódios e de uma forma muito boa! Para resumir, as minhas expectativas não eram muito positivas, levando em consideração principalmente o que o Roberto Aguirre fez com Riverdale.

Imogen

E eu posso afirmar para vocês, que, pelo menos até o momento,  eu estava errada e espero que continue assim.

E para começar, já fica o aviso de que essa série é bem mais adulta do que a série original. Pretty Little Liars de Marlene King era uma série voltada para o público adolescente e talvez por causa da emissora em que passava, apesar de ser uma série de mistério e sobre uma personagem bem 'creep', que é A, a série não tinha muitas cenas pesadas, ela era mais 'family friendly'.

A

Falando em A, esse(a) sem dúvida é muito mais ameaçador, não só pelo porte físico, mas também porque, como diria Cece: “Mona brincava com bonecas, eu brinco com partes de corpos”. Esse A parece ser bem mais cruel, como um serial killer.

Já PLL Original Sin, é uma série do HBO Max, que como a maioria de nós sabe, tem um conteúdo voltado mais para o público jovem/adulto. Isso dá à Original Sin a liberdade de abordar o mesmo pano de fundo da série original de forma mais adulta, seja nas cenas de terror, envolvendo mortes, seja no linguajar dos personagens e também na abordagem de temas mais delicados. 

Essas mudanças foram bem positivas pois ajudam a construir um ambiente mais aterrorizante para a série.

E por falar em clima aterrorizante, gostei muito da abertura da série. As cenas e a música de abertura com esse novo arranjo estão simplesmente perfeitas!

Família Beasley

Todo o clima da série também está bem sombrio, desde a fotografia, as cores da série, tudo está bem caprichado.

Com relação à história, nós começamos com a tragédia ocorrida em 1999, que vai ter relação com os acontecimentos atuais e com o que A está fazendo. Isso já fazia parte da premissa da série, e o primeiro episódio conseguiu construir bem esse cenário para nós, além de apresentar as 5 novas 'liars'.

A principal protagonista da série é Imogen, que está grávida. Nesses 3 primeiros episódios a série não revelou muito sobre ela, e nem quem é o pai da criança, mas gostei da personagem, que em alguns momentos deixa o espectador na dúvida se ela está dizendo a verdade ou não. A personalidade ambígua funciona para a personagem. 

As outras 4 'liars' também tem seus próprios segredos, mas por enquanto não foi revelado muito sobre isso, com exceção da Tabby. Para dizer a verdade, eu fiquei bastante chocada e intrigada para saber o motivo dela estar espionando os garotos no vestiário, foi algo bem bizarro.

Também achei bem interessante, que a série já mergulhou no terror desde a primeira cena e antes dos 10 minutos nós já tínhamos a primeira vítima de A, que por sinal, é uma pessoa com porte físico bem forte. Se A for mulher, a série precisará ter uma boa justificativa para esse porte físico.

Os episódios 2 e 3 foram melhores do que o primeiro. Apesar de no episódio 1 as meninas já receberem mensagens de um desconhecido, a cena onde todas recebem juntas a mensagem de A, fazendo referência à icônica cena da série original só acontece no episódio 2. A cena foi legal, tanto pelo contexto em que aconteceu quanto pela edição, mas poderia ter sido um pouco melhor. Faltou algo a mais na cena. 

E por falar nessa cena do baile, nós temos na série a morte de uma das gêmeas. A série dá a entender que quem morreu foi Karen, porém, depois de toda a experiência de 7 temporadas de PLL, acredito que as gêmeas trocaram de papel mais uma vez e quem morreu de fato foi Kelly.

Se pararmos para pensar, quem tem um histórico com a Imogen é a Karen e talvez faça mais sentido explorarem a relação das duas, ainda que seja interessante envolver a Kelly também.

Tabby

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Sobre os casais e possíveis casais, ainda não me apeguei a nenhum deles. Honestamente, estou mais interessada em conhecer mais sobre a relação da Imogen com as gêmeas, ainda que uma esteja morta, já que boa parte da trama gira em torno delas.

Além disso, o roteiro da série parece estar mais “redondinho”, pelo menos até aqui e a menor quantidade de episódios por temporada também é um sinal positivo para não ficarem enchendo linguiça com coisas sem sentido.

Eu espero não estar emocionada demais, e que PLL Original Sin mantenha a mesma qualidade, porque se continuar do jeito que está, Pretty Little Liars Original Sin tem tudo para construir um novo legado, sem desrespeitar o que já foi feito e o melhor, com uma boa história.

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