The
Orville finalmente voltou para a 3ª temporada comum episódio puro drama, mas a
pergunta é, o retorno foi bom?
The Orville está de volta e hoje vamos falar sobre as impressões que o primeiro episódio da 3º temporada causou.
A sequência inicial do episódio é
muito legal, tanto nos efeitos visuais, que para uma série de tv são bons,
quanto pelo impacto da cena em si. Nós acompanhamos o Marcus correndo pela
nave enquanto várias pessoas estão morrendo e ele próprio quase morre também,
por causa da invasão Kaylon.
Mas, no final das contas, tudo não passou de um sonho do Marcus. A série vai começar nos eventos após a guerra contra os Kaylon e eu admito que fiquei um pouco confusa com esse início porque já faz bastante tempo que vi a 2º temporada então, e com toda a história de realidades alternativas eu não lembra que no final das contas, a situação com a Kelly da outra realidade havia sido resolvida e agora tudo segue o fluxo normal.
Apesar que de um modo ou de
outro, a realidade foi alterada quando a Pria salvou a nave deles, isso ainda
na 1º temporada, no episódio 5.
De todo modo, o início dessa temporada resgata bastante do clima da 2º temporada, que parece bem mais com Star Trek, focando principalmente na aventura, no drama dos assuntos abordados. Isso eu achei bom, pois é um sinal de que mesmo tendo mudado de emissora, a série vai tentar manter o mesmo ritmo de antes, que na minha opinião é um formato que me agrada bastante.
Nesse episódio, nós veremos o reflexo da guerra com os Kaylon, principalmente pelo fato de o Isaac ter sido um intermediário nisso tudo. Apesar de sabermos que ele acabou escolhendo ajudar os humanos, muita gente acabou morrendo por causa da guerra, e algumas pessoas na nave culpam o Issac por isso e demonstram com todas as forças esse ódio. Uma dessas pessoas é o Marcus, e aqui a série vai lidar com um assunto delicado, que é o suicídio.
Issac acaba recebendo várias
ofensas e o próprio Marcus fala para ele que seria melhor que ele não
existisse. O que faz com que o Isaac decida se desligar para atender a esse
pedido da tripulação.
No final de tudo eles conseguem reativar o Isaac, e a mensagem do episódio é bastante reflexiva. Um dos melhores momentos para mim foi a conversa do Isaac com a Claire, no final do episódio. A série trata o assunto de um jeito interessante e reforça a ideia de que por pior que seja o problema de alguém, essa escolha nunca é uma solução, ao contrário, além de não resolver a questão, ainda afeta as pessoas ao seu redor, causando mais dor e sofrimento. Além de tudo a Claire ainda deixou claro que está ali para ajudar a hora que for necessário.
E foi curioso ver como a série conseguiu encaixar esse tema a respeito de um personagem que não é basicamente um robô, que não tem sentimentos e age apenas de forma lógica. O argumento para ele chegar a esse ponto, se de auto desligar para sempre, foi bem elaborado dentro do contexto da série.
Além disso, nós temos a questão
do sentimento da tripulação, que é um sentimento legítimo, a final de contas,
eles perderam muitas pessoas nessa guerra e principalmente os sentimentos do
Marcus e da Charly, que apesar de tudo, no final decidiram ter a atitude
correta, mesmo indo contra os seus sentimentos. Num mundo onde cada vez mais as
pessoas se importam menos com os outros, a mensagem do episódio foi legal.
E no final das contas, a série
voltou com um episódio totalmente voltado para o drama, e com uma resolução
muito boa.
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